Um menino de apenas 11 anos chamado Trevor, ao ser
desafiado por seu professor de Estudos Sociais da 7ª série para criar uma ideia
que transformasse o mundo, sugeriu um jogo chamado “Passe adiante”. Esse é o
enredo do filme “A Corrente do Bem”, que marca profundamente pelo forte apelo
emocional. A ideia era que cada pessoa ajudasse três pessoas e, em troca, cada
uma dessas pessoas ajudaria mais três, gerando uma corrente do bem e de
justiça. De uma forma surpreendente, a corrente de caridade funcionou e começou
realmente a ser passada adiante, multiplicando a rede.
Não tendo noção do efeito positivo da sua ideia, o
personagem em certo momento perde as esperanças de um mundo melhor porque acha
que não conseguiu ajudar um mendigo nem sua própria mãe, alcoólatra, ausente e
agredida pelo ex-marido. Ele incentiva o professor a conquistar a mãe, mas
também se sente fracassado porque o plano aparentemente não dá certo. O
professor Eugene Simonet é um homem melancólico,
solitário, frio, infeliz, com o rosto todo desfigurado por queimaduras, pelo
histórico de violência doméstica. O menino também ressente pelo fato de
ter uma avó alcoólatra e mendiga e de ter colegas de escola que praticam bullying.
Apesar do cenário nada favorável, Trevor acaba dando
uma lição de vida sobre o poder transformador da gentileza, do reino de
possibilidades que existe dentro de cada um, da necessidade de sair da zona de
conforto e de superar os medos para transformar o mundo, da diferença que faz
ter coragem de perdoar e de que quando as pessoas desistem de mudar, todos
perdem.
A ideia do “Passe adiante” chama a atenção de toda a
cidade e da imprensa nacional e o notável menino percebe as transformações que
ocorreram nas pessoas pela sua iniciativa. No filme, ele deu à vida pelo que
acreditava, deixando o seu legado. A mensagem final é de que o mundo pode parecer ruim muitas
vezes, mas as pessoas podem mudá-lo, com pequenos gestos. Com o coaching, também se dá um processo sistêmico
análogo à corrente do bem, na medida em que gera aprendizados para o coach e o
coachee e, com isso, a filosofia coaching se multiplica, gerando novos
aprendizados e mudanças.