No Minuto Merakiana de hoje, vou falar sobre uma competência essencial
para você se tornar um bancário disputado no mercado. Sabe qual é? Ter a
capacidade de ENTENDER e RESOLVER problemas. Tem muita gente achando que já USA
essa habilidade, mas a verdade é que a maioria fica repetindo soluções prontas,
por impulso, que nem sempre são úteis e eficazes.
Para se tornar um ENTENDEDOR e um RESOLVEDOR de problemas, você precisa
de técnica e de muita perspicácia, resiliência, capacidade de adaptação,
criatividade, escuta ativa e atitude. Quem tem essas habilidades relacionadas
ao comportamento humano, chamadas de soft skills, será muito mais valorizado
nas profissões do futuro. Você tem que se preparar para ser um ativo de habilidades no Banco. Se você
fosse um produto, essa deveria ser sua marca registrada.
Existem inúmeros tipos de problemas que podem surgir nos Bancos,
envolvendo pessoas, processos, transformações no mercado. Como fazer para
manter regularidade no cumprimento das metas? Como fidelizar meus clientes?
Será que é possível ser bem sucedido na carreira e ter equilíbrio na vida
pessoal? Qual a melhor forma de manter meu cliente satisfeito? Como resolver
conflitos e rixas entre setores? Se você parar pra pensar, sempre haverá
problemas pra resolver. E essa é a vida. Se você não encarar isso como um jogo
em que você tem prazer de jogar, sinto muito. Está fora dele.
Deve fazer parte da cultura de todos os funcionários, e não apenas dos
líderes, o esforço de lidar com esses acontecimentos, muitas vezes negativos, e
seguir em frente com o mínimo prejuízo, sendo capaz de lidar racionalmente com
o adverso. É extremamente importante desenvolver os cinco tipos de inteligência
do profissional do futuro: a intrapessoal
(você com suas emoções), a interpessoal (você com o outro), a criativa (você
gerando novas soluções), a interartificial (você lidando com a tecnologia) e a
aprendedora ou educadora (você sendo capaz de reaprender e ensinar). Anote isso
aí e corra atrás dessas habilidades.
Existe um processo para a resolução de problemas que se chama problem
solving. Nele, o primeiro pressuposto é olhar para dentro. Porque identificar
somente problemas externos é uma armadilha comum. O ponto de partida deve ser
sempre o interno: “Qual a minha responsabilidade no cenário?” e “O que está a
meu alcance fazer para mudar a situação?”. Em seguida, saber escutar ativamente
é um diferencial. Muitas vezes, você está despendendo um esforço enorme achando
que está resolvendo o problema de um cliente, quando na verdade não era isso o
que ele queria.
Na época em que criaram o elevador, havia muita reclamação quanto à
lentidão do transporte. Os engenheiros gastaram um tempo enorme tentando buscar
alternativas para tornar o equipamento mais ágil, mas não havia tecnologia
disponível ou as soluções eram caras demais. Até que um deles ouviu os usuários
e teve uma grande sacada: o problema deles era não ter o que fazer dentro do
elevador durante o percurso. E foi aí que decidiram colocar espelhos e fazer
modelos panorâmicos. Percebe que as soluções nem sempre serão as óbvias?
Saber escutar com empatia é uma excelente forma de ter insights. A
pessoa pode enxergar um aspecto que você não atentou, como no exemplo do
elevador. E aí você tem a oportunidade de experimentar outras perspectivas. Um
ponto relevante do processo é não ignorar as consequências de cada escolha. É
preciso ser racional e analisar todas as possibilidades, aceitando os riscos
que mais se ajustam ao que o momento exige.
Uma boa estratégia aqui para exercitar essa habilidade é, por exemplo,
ler ou assistir algo que não tem nada a ver com o mercado financeiro, extrair o
conceito, entender a funcionalidade, e depois combinar com outros conteúdos do
seu repertório, analisando a aplicação na sua realidade e avaliando o melhor e
o pior cenário que pode acontecer se fizer e se não fizer. Você também pode
reunir o time para aplicar a técnica do Brain writing, que consiste
na geração de ideias de modo
escrito e compartilhado. Um dos participantes lança sua proposta e
os outros vão construindo algo a mais sobre as que já foram lançadas. Primeiro
vem a divergência para abrir possibilidades e depois é que se aplica a
convergência, para julgar e filtrar as ideias mais viáveis. A técnica também
pode ser aplicada para a própria formulação do problema. Infelizmente, fazemos
o contrário na maior parte das vezes e acabamos desperdiçando o potencial
criativo da equipe.
Para finalizar, queria destacar aqui também a importância de você se
tornar um especialista em simplicidade. Soluções inovadoras não precisam ser
complexas, na verdade, não devem. Com a quantidade de informações
e tarefas que invade nossas vidas todos os dias, o mercado será cada vez mais
receptivo a profissionais que saibam simplificar processos, discursos, serviços
e produtos. O mercado financeiro já está contratando pessoas para comunicar e
vender serviços de consultoria de investimento em um formato simplificado e
agradável para o grande público. Em um futuro próximo, mais indústrias devem
investir em conceitos de simplicidade para aproximar clientes da sua oferta. E
aí? Animado para resolver problemas nos novos tempos?
Espero que o Minuto Merakiana de hoje tenha feito sentido pra você. Se gostou, comente, compartilhe e mande sugestões de temas do seu interesse para as próximas edições! Se quiser receber o conteúdo em áudio, envie QUERO SER VIP para o WhatsApp 82 99942.3051. Todo domingo às 17h tem tema novo especialmente preparado pra você! Seja MERAKI!