Você encanta sua família como encanta seus clientes?

Postado por Ana Paula
11:23 - 10/03/2019

Você encanta sua família como encanta seus clientes? A frase é apenas uma metáfora. O que eu quero realmente trazer à reflexão é se, na agonia do dia a dia no Banco, na ânsia de conquistar suas metas, você tem dado a atenção necessária à sua família? Não importa se você é casado, se tem namorado, se tem filhos, se conhece e convive com os pais. Cada um sabe a família que tem e é esse núcleo que deve ser encarado como o foco da nossa conversa hoje.

 

Pensei nesse tema porque li nessa semana uma matéria onde a médica geriatra Ana Cláudia Quintana, especialista no atendimento a pacientes terminais, falava do desafio de lidar com algo tão natural e, ao mesmo tempo, tão perturbador, como a morte. Ela aponta os cinco maiores arrependimentos das pessoas. São eles: “não ter demonstrado afeto”, “ter trabalhado em excesso”, “não ter investido na própria felicidade”, “não ter vivido a vida que desejava” e “não ter estado próximo das pessoas que mais amava”.

 

Convenhamos, essa constatação é um soco no estômago! Compartilho porque acredito que podemos mudar o rumo dessa história agora. Em tese, temos tempo para valorizar o que realmente importa, saber usá-lo com sabedoria e equilibrar o sucesso profissional com a felicidade plena. É possível conquistar metas, ter alta performance, ser um bancário premiado e reconhecido e também ter uma vida pessoal feliz. Por que não? 

 

Todas as famílias têm seus problemas, claro. Choques de gerações, picuinhas e crises financeiras são alguns deles. Mas ao contrário do que muita gente pensa, famílias bem sucedidas não acontecem por acaso. As coisas que realmente importam demandam tempo, reflexão, planejamento e definição de prioridades. É necessário fazer escolhas e sacrifícios. E você precisa estar disposto e pagar o preço.

 

Pagar o preço significa desenvolver algumas qualidades como saber ouvir, respeitar as diferenças, ser generoso e humilde, estar presente de verdade e aprender a tocar, transformar e suavizar os corações de quem você ama.

 

Outro dia tive uma conversa com uma amiga bancária que estava desesperada porque o filho não queria mais ficar com ela, gostava mais da babá. Ela chorava copiosamente e estava se sentindo um lixo porque era mãe solteira e precisava trabalhar pra pagar as contas. Falei pra ela não sentir culpa porque o filho dela sempre iria amá-la e admirá-la. E o trabalho dela no Banco era importante não apenas por garantir o pagamento das contas, mas porque ela amava. Sugeri que o tempo que ela estivesse com o filho fosse realmente de qualidade, especial. Que ela fizesse a diferença na vida dele, assim como fazia a diferença na vida dos clientes. Que se conectasse com o mundo infantil e se entregasse de corpo e alma nesses momentos, voltando a ser criança. No dia seguinte – era um domingo ensolarado como hoje  – ela improvisou um banho de mangueira no quintal de casa e esse foi talvez o dia mais feliz da vida dela com o filho. Simples assim! 

 

E você? Qual foi a última vez que sentou com seu filho para brincar, ajudar na tarefa da escola ou conversar sobre a vida sem olhar o celular de 5 em 5 segundos? Quando fez algo para surpreender o seu parceiro ou parceira, encantá-lo ou simplesmente demonstrar gratidão pelo companheirismo? Conhece a história dos seus pais, dos seus irmãos, dos seus avós? Sabe o que eles já viveram, pensam e sonham? Lembra de alguma refeição com toda a família à mesa compartilhando sobre o dia, os desafios e as alegrias? Vocês têm o hábito de resolver as questões com diálogo e praticar o exercício libertador do perdão?

 

Convido você a refletir sobre o que pode fazer diferente HOJE para não se arrepender AMANHÃ. Lembre-se que não existem famílias perfeitas e que a felicidade familiar não deve ser estereotipada como o famoso comercial de margarina. Mas o amor é uma escolha. E a bagagem que você precisa carregar na vida também.

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